Na análise de sua trajetória, a política proibicionista de drogas revelou-se um fracasso clamoroso, com resultados deletérios que podem ser contabilizados em vidas perdidas e riquezas públicas desperdiçadas. Embora sua história constitua a história de sua própria abolição, o fato é que ela (política proibicionista) continua em curso e ainda promete muitas vilanias contra a humanidade.
A insistência na manutenção de uma política de drogas sabidamente equivocada demonstra que tal política, sem embargo da sua esquizofrênica existência, empresta-se como dispositivo de controle, convertido num discurso vazio de sentido, mas de grande utilidade para nações dominantes e para os estados policiais. E, como dispositivo de controle, desdobra-se em três categorias: dispositivo de controle político interno, dispositivo de controle político externo e dispositivo de controle social.
III Congresso Internacional do Núcleo de Estudo das Américas – UERJ e IFCH
Alexandre Moura Dumans
29 de agosto de 2012 – 14h30m